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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Sinais da Secessão de Viena na cidade. Arte, arquitetura e elementos decorativos.

 
A secessão austríaca (1897-1920), ou secessão de Viena foi uma iniciativa de protesto de artistas da época contra as normas tradicionais, artísticas e étnicas, da sociedade atávica e transitória da época. Era uma tentativa de se encontrar uma identidade de grupo para o país.
Em 1897, um grupo de jovens artistas, uniu-se contra a tradicional associação conservadora Künstlerhaus. Foi quando a Secessão se formou, na Cooperativa dos Artistas das Artes Decorativas da Áustria.
Esse movimento foi liderado por Gustav Klimt e contou com Otto Wagner, Josef Hoffmann e Carl Moll, entre outros.
O grupo realizava constantes exposições, e assim passaram a ter um espaço próprio, o Pavilhão de exposições da Secessão de Viena. Este foi projetado pelo arquiteto Joseph Maria Olbrich e construído entre 1897-8.
Estas exposições tornaram-se famosas porque não se limitavam a mostrar as obras de cada artista separadamente, mas procuravam apresentar uma unidade das obras de arte com uma mesma proposta estética. Assim, a arquitetura, os elementos decorativos das salas, a escultura e a pintura deveriam formar um todo.
Na arquitetura, o movimento vienense de arts and crafts levou para o espaço construído elementos já difundidos nos desenhos de vidros, tecidos, cerâmicas e metais. Os temas naturais, com ênfase nos motivos florais, recorrentes nas artes, foram então difundidos nas construções.
A Secessão de Viena se divide em 2 partes: antes e pós-1900, antes tinhamos um forte caráter Art Nouveau (Jugendstil), com artista como Klimt, depois temos Koloman Moser, com uma arte mais simétrica, formas geometrizadas e fontes(tipos) mais simples.
Há sinais do movimento por toda Viena. Vamos dar um passeio pelos lugares que eu visitei e que sugiro que tambem visitem.
As construções de Otto Wagner na Rua Linke Wienzeile, mais conhecidas como Mayolikahaus.

Otto Wagner foi um dos principais nomes da história da arquitetura inovativa de Viena. Ele marcou mais do que qualquer outro a arquitetura da Art Nouveau do final do século XIX.

no numero 40, foi a casa de Wagner, construida em 1898-9
no numero 38
Lindos medalhões dourados realizados por Kolo Moser


Daqui vamos para, a não muito longe, Karlsplatz. Nela podemos ver as famosas estações do metrô de Viena. Datadas de 1899, são resquícios do primeiro sistema de metrô da cidade e foram planejadas por Otto Wagner.
Com estrutura de ferro pré-moldado recebe uma delicada decoração, com girassóis dispostos de maneira bem ordenada em um friso gigante, que acompanha suas fachadas. A pintura em branco, amarelo e dourado é complementada pelo verde do cobre do telhado que é repetido na estrutura de ferro. Elas estão entre as edificações mais conhecidas de Viena.
No caminho conferimos o famoso prédio da Secessão. Olbrich projetou a Secessão com maestria. Ele é um edifício monolítico, com poucas aberturas, encimado por um domo em filigrana metálica de folhas douradas. Esse domo, muito marcante e avistado de longe, tem seus detalhes repetidos nas paredes sobre a porta principal. Vazado, permite a passagem da luz e compensa a simplicidade do restante do prédio. Acima das portas de bronze assinadas por Gustav Klimt fica a inscrição “Para a Época, Sua Arte, Para a Arte, Sua Liberdade".
No interior do prédio, encontra-se o famoso “friso Beethoven”, de 1902, de autoria de Klimt, concebido como uma batalha entre o bem e o mal, que pretendia ser uma tradução simbólica da "Nona Sinfonia” do compositor alemão.
 
 


Uma caminhada pelo centro da cidade nos leva a nos depararmos com prédios Art Nouveau menos famosos, mas belíssimos, como o Palmenhaus, uma antiga estufa de palmeiras em pleno parque imperial, hoje um restaurante, e o edifício conhecido como Looshaus, de Adolf Loos, na Michaelerplatz, entre outros.

 
Looshaus
 

 
Nos museus, vocês vão encontrar muito sobre a história da Secessão no belíssimo Museu Leopold, com destaque para suas inúmeras obras de Schiele e Klimt. Mas o famoso “O Beijo” esta no Palácio Belvedere. 
Endereço: Museumsquartier, Museumsplatz
Estação: U2 MuseumsQuartier, U3 Volkstheater
Aberto diariamente de 10-18h, quinta ate às 21h.


 
 
Klimt
Egon Schiele, 1912, autorretrato
 
Kolo Moser
 
 

Upper Belvedere (Oberes Belvedere)
 
Prinz-Eugen-Straße 27tram D: Schloss Bevedere
tram O, 18, o
nibus 13A: Südbahnhf
 

 
Veja onde achar mais Klimt em Viena aqui.

Boa viagem!!

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