Páginas

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Montevidéu: a visita guiada ao Teatro Solís


Bem galera, vou deixar aqui a minha impressão sobre esse passeio. Sei que independente do que eu conte, vocês farão a visita guiada, mas... Para mim foi meio decepcionante.

Primeiro, esperava mais glamour na sala principal. Depois, havia lido que iríamos ao subsolo e que assistiríamos a alguns ensaios. Não rolou...

Ainda assim, até acho que valeu, sobretudo pelo guia Nicolas, que além de conhecer a história do lugar era divertido e politizado.

O Teatro Solís teve seu primeiro projeto em 1840, e a primeira parte foi inaugurada em 1856. Ao longo dos anos, sua estrutura sofreu diversas reformas e ampliações. Em 1997, sofreu um incêndio e ficou fechado até 2008.

A fachada é muito parecida com a do Teatro Carlo Felice, em Gênova, e também com a do Teatro alla Scala, de Milão.


fachadas neoclássica, ligeiramente elíptica


Ao contrário do que muitos pensam, o nome do teatro não se deve ao sol, mesmo havendo a sua imagem na fachada principal. O nome é uma homenagem ao espanhol Juan Díaz de Solís, o primeiro navegador a explorar as águas do Rio da Plata.


a lanterna no alto fica acesa em dias de espetáculo



Ele é administrado pela Prefeitura de Montevidéu, que garante preços populares (menores que os do futebol). O complexo do Teatro Solís abriga também oficinas de teatro e dança, concertos, exposições, cursos, conferências e é a sede da Comédia Nacional e da Orquestra Filarmônica de Montevidéu.

Agora, vou deixar de blablabla, e mostrar a visita.

A visita tem início no hall principal, onde destacam-se as colunas de mármore de Carrara, originais da primeira versão do teatro, e a luminária grandiosa de cristal Baccarat.



Nicolas, fofo!



 
A sala principal tem o formato de ferradura, como os teatros italianos, o que garante boa acústica, mas prejudica a visão do palco de alguns setores. Sobre isso, o Nicolas relatou que os camarotes ao lado do palco foram colocados em desuso. No passado, os ingressos neste setor, apesar da péssima visão do palco, eram caros. Porque? As pessoas pagavam para serem vistas. Segundo o Nicolas, eles eram o Facebook da época.

 

"Facebook"!


poltronas importadas do Brasil


o teto homenageia grandes artistas




mais Baccarat


 

sobre o palco


tragédia


comédia

 
Em seguida, visitamos outra sala de espetáculos. A black box (sala Zavala Muniz), pequena e escura. Aqui, o contato dos artistas com a platéia é bem íntimo. O curioso é que nela há arquibancadas retrateis. Quando todas estão em uso, o palco fica no centro de um quadrado.


Além da visita guiada, pode-se conhecer: o foyer, o centro de documentação e a fotogaleria.



foyer



área infantil sobre a fotogaleria, a esquerda da entrada


A loja é bacana, com livros e outros suvenires. Cara, porém.



No café, gostei dos doces, mas o mais interessante é que eles oferecem as bebidas típicas de Montevidéu, como: o Uvita (drink secreto do Baar Fun Fun) e o medio y medio (champagne com vinho branco).


entrada do café


Uvita


As visitas guiadas ocorrem as terças e quintas, às 16h, ou as quartas, sextas e domingos, a partir das 11h, das 12h e das 16h. Aos sábados, as visitas guiadas ganham um horário extra às 13h. Em português = $ 50. Em espanhol $ 20, e gratuita nas quartas-feiras.

End.: Calle Reconquista s/nº. 

Em resumo: a visita é dispensável. Como sempre, acredito que vale mais a pena ir assistir a um espetáculo no teatro. Quanto ao café e a lojinha, merecem a visita independente de qualquer coisa.

Por hoje e só. Grande abraço!

Nenhum comentário:

Postar um comentário