Madri: um Domingo "latineando"

Sabe meus amigos, não existe coisa mais bacana para se fazer em viagens do que viver os costumes dos locais. E, em Madri, existe até um verbo que descreve o programa preferido dos madrilenos aos domingos. Latinear. O que significa se divertir adoidado no bairro La Latina, ou seja "encher a cara" e tapear. Bora ver como?

Igreja de San Francisco El Grande

Antes de começar o nosso tour, eu vou lhes contar os bares/restaurantes de tapas que nas minhas pesquisas descobri serem os melhores. Claro, não fui a todos, ou iria estourar de tanto tapear... 

As principais ruas de tapeo no bairro são: as Calles Cava Alta e  Baja. Mas, tem um outro lugar fora delas que merecem um stop.

• Javier Martín Croquetería & Café  (Calle de Toledo, 74). Com mais de 30 tipos de croquetas, incluindo doces.
• Juana La Loca (Plaza de Puerta de Moros, 4; em frente à Plaza de los Carros). Suas tortilhas de papas são consideradas as melhores da cidade.
• El Tempranillo (Cava Baja,38).
• Lãmiak, taberna vasca, com cada pintxo inesquecível! Existem dois em Madri, o de La Latina, na Cava Baja, 42, e um na Calle de la Rosa, 10 (Metrô Antón Martin).
• Casa Lucio (Cava Baja, 36), onde os ovos fritos são o destaque.
• Los huevos de Lucio (Cava Baja, 30).
• La Concha (Cava Baja, 7).
• Casa Lucas (Cava Baja, 30).
• La Chata (Cava Baja, 24). 
• Perejila (Cava Baja, 25).
• Sanlúcar (Calle de San Isidro Labrador, 14).
• Almendro 13 na calle homônima.

Esses são lugares para tapear, mas ultimamente o bairro também tem ficado animado a noite. Veja opções de restaurantes aqui (dicas de local). Para a night as opções são: o La Lola (Calle Don Pedro, 20) um coquetel bar, com décor espanhola chique e gente bonita; o Berlín Cabaret (Calle Costanilla de San Pablo), com música ao vivo de quinta-feira a sábado.


Há ainda o Corral de la Morería, um dos tablaos flamencos mais tradicionais da cidade. E, o Bar La Taranta, onde em algumas noites rola um flamenco mais informal.

Mas, vamos ao tour de Domingo, porque Domingo é dia de El Rastro (das 9 as 15h), a feirinha adorada por locais e turista. É nela que o nosso tour tem inicio.

O seu centro nevrálgico é a Plaza Cascorro, que eu achei uma zona. O melhor setor para comprar livros usados é na Plaza del Campillo del Mundo Nuevo; antiguidades de qualidade estão no Mercado Puerta de Toledo e na Calle Miral el Río Baja e suas transversais. Para ver os melhores estandes, clique aqui (dicas de local).

Eu amo esse tipo de feirinhas de antiguidades, mas confesso que não gostei de nada no El Rastro. Sim, posso ter dado azar. De qualquer forma, também não curti o clima, muito cheio e com gente esquisita.

Para relaxar, tome um café no Café Molar (Calle Ruda, 19), um lugar hipster onde eventualmente ocorrem exposições.

Seguimos até a Plaza de la Cebada cujo destaque é o mercado colorido (fechado aos domingos). E, como nós viemos aqui para beber, e não para turistar, vamos "abrir os trabalhos" em grande estilo. Pausa no El Viajero que vimos aqui.

Antes, de continuar o comes e bebes, vamos até a Plaza San Andrés e depois descansar um pouco do tumulto no Jardim del Príncipe Anglona, que vimos aqui.

Enfim latinear sem parar nas Calles Cava Alta e  Baja, onde eu escolhi conhecer o El Tempranillo e o Lãmiak. Recomendo ambos, mas destaco que neste segundo comi tapas que me fazem babar até hoje ao recordar.

Lãmiak

guacamole com bacalo e patê de finas herbas com trufas

Mapa de lugares e passeio a pé.

Bem, o tour termina com todos bêbados por aqui. Todavia, antes de encerrar o post, quero lhes dizer para "abrir os trabalhos" em torno de meio-dia, já que das 14 horas em diante, nem no balcão conseguirão ser atendidos.

Tchau...

PS: neste dia fui, a noite, ver uma tourada, então não fiquei no bairro para ver o pôr-do-sol, mas se vocês tiverem a oportunidade aproveitem. Dizem que é aí que se encontram 2 dos melhores lugares, em Madri, onde se pode assistir a esses espetáculo gratuito. Onde: no Parque de las Vistillas e dos jardins da San Francisco El Grande (um segredinho bem guardado pelos locais).