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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Duas igrejas em Bruges que merecem a visita: a Basílica do Sangue Sagrado e a Igreja de Nossa Senhora.


Bruges possui muitos museus, locais históricos, e igrejas interessantes que merecem a visita. Todavia, a cidade é tão bonita e divertida que para quem vai ficar apenas um dia, creio que o melhor é flanar por ela. De chocolateria em chocolateria, de bar em bar.

Entretanto, duas igrejas são de visitação obrigatória, seja você religioso, ou não:

Basílica do Sangue Sagrado (Heilige Bloed Basiliek)

A basílica fica em um cantinho da bela Praça Burg. E, sua estupenda fachada gótica, de cara, atrai a atenção.





Ela possui duas capela, e fica onde era, no Século XII, a residência do Conde de Flandres. A capela inferior, em estilo romano, é dedicada a São Basílio de Cesareia, o Grande, que se tornou Conde Robert II de Flandres. Ela é fria, escura e simples, e só merce um espiadinha, na minha opinião.

Já a capela superior é encantadora! É a Capela do Sangue Sagrado, que foi construída no Século XVI em estilo gótico, e remodelada no século XIX, em estilo neogótico.

Escada





O púlpito, obra de Henry Pulinckx, tem o formato de um globo para, assim, pregar o evangelho de Marcos: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho”.





Repare nos detalhes do Século XVI, nos vitrais coloridos, e nas colunas com afrescos.



  




Ela é muito bem preservada e suas cores são bem vivas.




A capela não é nada simples, com cores e texturas próprias da região. E, toda ornada em tons dourado.





No altar-mor, a grande pintura nos conta a história do transporte da grande relíquia da capela desde Jerusalém a Bruges.



Sobre a Relíquia do Sangue Sagrado de Jesus:

Conta-se que depois da crucificação, José de Arimateia ajudou na limpeza do corpo de Cristo, e guardou um pano com o seu sangue. Este pano, conservado dentro de um tabernáculo de prata, ficou guardado em Jerusalém até a Segunda Cruzada. Nesta ocasião, o Rei ofereceu a relíquia a seu cunhado, Thierry da Alsácia, o conde de Flandres. Fala-se na cidade que, em Abril de 1150, o conde colocou a relíquia nesta capela. Todavia, alguns cientistas afirmam que a relíquia só foi levada para Bruges por ocasião da Quarta Cruzada, depois do saque de Constantinopla.

Ela tem um grande significado para os cristãos católicos, já que serve para atestar a paixão e devoção de Cristo pelo amor à humanidade.Fica exposta na capela superior (a direita de quem sobe a escada), dentro de um tabernáculo de prata feito por ourives locais.


Forma-se uma fila para vê-la.




Há ainda um museu pago (3 euros). Abre de Outubro à 24 de Março, diariamente, exceto as quartas, das 10-12h e das 14-17h. De 24 de Março até 30 de Setembro, diariamente, de 9:30-12h e das 14-17h.

A Igreja de Nossa Senhora (Onze Lieve Vrouwekerk)

De quase qualque ponto de Bruges, nós avistamos sua torre de tijolos de 122 metros de altura. A mais alta de Bruges, e a segunda da Europa. Como predomina no horizonte, muitos pensam que ela é a catedral da cidade. Todavia, a catedral é a São Salvador (Sint-Salvatorskathedraal) que fica pertinho.







Ela foi construída entre os séculos XIII e XV, e apresenta uma arquitetura mista: uma parte externa em estilo gótico de Scheldt e um interior essencialmente gótico com estátuas em estilo barroco.

Assim que entramos, achamos a igreja meio sem graça, é preciso entrarmos no museu para que o encanto comece. As entradas são vendidas no transepto sul (6€).

Na igreja se destacam pinturas de Pieter Poubus, de Gerard David, de Van Dyck (Cristo na Cruz), e a capela funerária de Pieter Lanchals. Mas, suas estrelas são mesmo, a Madonna de Michelangelo e as tumbas cerimoniais de Maria de Borgonha e de seu pai Carlos, o Calvo.


Ambiente típico do flamengo católico.





"Madonna de Bruges" pode ser vista logo na entrada do museu. Ela foi criada na Itália e enviada para a Bélgica em 1504; a única obra Michelangelo a deixar a Itália ainda durante a sua vida.


É uma obra especial, já que, na maioria das vezes, obras da Madonna com a criança mostram uma mãe amável e calorosa olhando para seu filho. Michelangelo retratou uma mãe que parece triste com o filho.


A obra é tão desejada que foi roubada durante a Revolução Francesa e a Segunda Guerra Mundial, mas em ambas as vezes foi recuperada. Sabe, fiquei meio decepcionada, pois não podemos vê-la de muito perto. Creio, que pr questões de segurança...


No coro da igreja, estão as magníficas lápides de Maria da Borgonha, que reinou os Países Baixos na última parte do século XV,.e do seu pai, Carlos.


A tumba de de Maria, em mármore preto e coberta de ricos trabalhos em bronze, é um exemplo do gótico tardio. Já, a de Carlos, que foi concluída em meados do Século XVI, é no estilo renascentista.


Na frente das tumbas, pode-se ver o tríptico de Barend van Orley.


Endereço: Mariastraat.


Abre de segunda a sábado de 9:30-17h; aos domingos das 13:30-17h.

Dicas dadas! Alguém as conhece, ou tem outras dicas?

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