La Pedrera
A Casa Milà, também conhecida como La Pedrera, foi a última residência construída por Gaudí, entre os anos 1905-7, já que ele dedicou os últimos anos da sua vida ao projeto e construção da Sagrada Família. A obra foi encomendada por Roger Segimon de Milà, e, então, Gaudí decidiu que faria uma casa que deixasse Barcelona boquiaberta e que ofuscasse as famosas vizinhas do Passeig de Gràcia: a Casa Amatller, a Casa Batlló e a Casa Lleó Morera. Bem, se até hoje as formas sem ângulos retos e a fachada curva surpreende a todos, imagine a polêmica e “bafafá” que gerou há mais de 100 anos.
Ela se compara a forma como as tribos africanas constroem as suas habitações, semelhantes a cavernas. E, a fachada ondulada lembra uma praia com dunas. Lembra, ainda, favos de abelhas e parece que cobras percorrem o edifício inteiro. Considerada hoje por muitos uma escultura, os habitantes da cidade a época, a consideravam feia, daí a alcunha de pedreira.
Na década de 80, ela estava com um aspecto terrível, até ser adquirida por um banco, que a restaurou e a transformou em um espaço cultural. Em 1984, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
A visita
Ela começa nos pátios, com portas de ferro forjado e vidro, com representações em formas orgânicas, e pinturas murais.
A seguir, vamos de elevador para o terraço de aspecto lunar. Nele há 30 chaminés, as duas torres de ventilação e as 6 saídas das escadas. Ah, as chaminés concebidas por Gaudi parecem guerreiros com a cabeça adornada por capacetes!! E, o curioso é que 2 delas formam um arco que emoldura a Sagrada Família e Tibidabo, os 2 templos expiatórios de Barcelona. Lembre-se de que o Gaudí era muito religioso.
Depois, descemos ao sótão da casa, que era o espaço para lavar roupa. Ele se apresenta em seu aspecto original, com abóbadas que parecem o esqueleto das cobras. Atualmente, o sótão é o Espai Gaudí , com desenhos, maquetes, fotografias e apresentações audiovisuais sobre a sua obra.
Por fim, há um filme sobre a época e a visita a um apartamento decorado e como se estivesse ocupado por um antigo morador do edifício.
No térreo há uma badalada loja com objetos de design, livros de arquitetura e suvenires diversos com temas sobre Barcelona e o próprio Gaudí, que não achei nada de mais.
Os ingressos, comprei no site com horário marcado da visita, mas na hora não vi tanta fila assim.
Abre diariamente, com horários variáveis
conforme a época do ano. Em Janeiro e Fevereiro, das 9 às 18:30h; de Março a Outubro
das 9 às 20h; Novembro e Dezembro: das 9 às 18:30h. Há ainda as visitas
noturnas.
A Casa Batlló
Declarada Patrimônio Mundial da Humanidade
pela UNESCO, em 2005, a Casa Batlló, conhecida como a casa de las máscaras
ou a casa de los huesos (ossos), é para mim a mais genial obra de Gaudí. Ela foi construída entre 1875 e 77. Em 1903, Don José
Batló Casanovas contratou Antoni Gaudí, já então um arquiteto famoso, para remodela-la.
Gaudí se centrou na fachada, no piso principal, no pátio de luzes e no telhado,
e levantou um quinto piso para a equipe de serviço.
Vamos ver o resultado:
Vamos ver o resultado:
A
fachada
Gaudí, que se inspirava nas formas orgânicas da
natureza, aqui criou muros ondulados com trencadís
e um colorido impressionante. Nos andares, chama a atenção os balcões decorados
com ferro fundido em forma de máscaras ou bocas.
São Jorge é o
padroeiro da Catalunha e uma das interpretações dadas para a fachada da Casa
Batlló, com colunas em
forma de ossos e janelas que lembram caveiras, é que esses simbolizariam as vítimas do dragão,
antes deste ser morto por São Jorge.
a torre coroada com uma cruz de 4 braços seria a espada de São Jorge atravessando o corpo do dragão? |
A visita
Entrando
na casa, há uma escada que leva até o salão principal.
De
onde seguimos ate a impressionante sala de jantar com sua varanda.
Dali, vamos de sala em sala até o terraço.
Mas antes de chegarmos lá, passamos pelo vão de
luzes central que per si já vale o ingresso. De um azul inesquecível!!!
O terraço
A interpretação mais amena da casa relaciona-se com o Carnaval, onde os detalhes em cerâmica seriam confetes, no teto estaria o chapéu de arlequim e nas janelas as máscaras seriam festivas.
A interpretação mais amena da casa relaciona-se com o Carnaval, onde os detalhes em cerâmica seriam confetes, no teto estaria o chapéu de arlequim e nas janelas as máscaras seriam festivas.
Abre de 9 as 21h todos os dias do ano.
Comprei o ingresso no site, sem data ou horário de
visita marcados, e foi bom pois havia filas dia e noite na porta.
Se decidiu? Difícil, não? Ah, faz um esforço e vai nas duas.
Preços atuais:
Casa Batlló = 21,50€ e La Pedrera = 20,50€
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