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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Norte da Espanha a bordo do Transcantábrico Gran Lujo


Tem coisa na vida que é melhor não se saber que existe. Esse trem, que mais se parece um hotel 5 estrelas, é uma dessas coisas. Isso porque agora não tem jeito, tenho que embarcar um dia.

O Transcantábrico Gran Lujo opera desde 2011, e percorre a mesma linha que fazia o antigo Ferrocarril de la Rocha, que transportava carvão no século XX.

 
 


Vintage por fora e com cabines mais luxuosas que o Orient Express, tem banheiros com hidromassagem e sauna. Ao todo são 26 cabines que comportam até 52 passageiros. Contudo, freqüentemente não está lotado.

 
 


Ele faz o trajeto de San Sebastian até Santiago de Compostela, ou vice-versa. Há ocasiões em que o passeio tem início em Leon, seguindo por diversas cidadizinhas do Caminho de Santiago.

 

Mas a frente, veremos todas as paradas. Agora, vou lhes explicar o funcionamento dessa viajem. São 8 dias/7 noites a bordo. O trem percorre um trajeto de 600 Km, e vai se equilibrando e saculejando (lembrem-se, ele é vintage) ao longo da costa do Mar Cantábrico. Despenhadeiros não alcançados por 4 rodas, e nem por outros trens, são vencidos (e fotografados) ao longo do trajeto.


O Transcantábrico para em 13 cidades, e outras 6 são visitadas via o ônibus de luxo que acompanha o comboio. O trajeto total inclui os Países Bascos, povoados e comunidades autônomas de Cantábria e Astúrias, até chegar à Galícia. Como ele balança muito, a noite os vagões ficam estacionados nas cidades. As 8 da manhã, com o toque de sininhos, têm início as atividades do dia.

 

O esquema é mesmo tipo excursão e/ou cruzeiros. O que devo lhes dizer, eu não curto. Só que neste caso, alguns detalhes me animaram. E, muito!!

O diferencial do Transcantábrico:

1. Todos os passeios são com um guia (que fala vários idiomas), e esta tudo incluído (ingressos também) no valor da viagem
2. O café da manhã é feito no trem, mas tanto os almoços, como os jantares são em restaurantes TOPs das cidades. Coisa fina, de 3 a 5 pratos com vinhos, licores, café, etc a vontade. Esse é um capítulo a parte da viajem, ao qual adiante retornarei.


3. Há algum tempo livre destinado às visitas de algumas cidades

No trem, mais do mesmo: há um salão de chá e de jogos, uma biblioteca com jornais do dia de diversos países, um lougue com sofás de frente para janelões panorâmicos, o chiquerrimo restaurante e até uma discoteca que funciona todas as noites.







Voltando a gastronomia, com tudo incluído, exceto bebidas alcoólicas consumidas fora da refeição, há a oprortunidade de provar o melhor da culinária local. Dos pinxos bascos aos frutos do mar galegos. Veja detalhes aqui. O melhor, como já disse, é que há restaurantes do calibre do Parador dos Reis Católicos (o hotel mais antigo do mundo) em Compostela, e do La Salgar (chef Nacho Manzano) em Gijón. Ao todo, são quase 5 horas/dia à mesa. Mas, quem se importa?



Parador

La Salgar

Dito tudo isso, eu concluo que:

1. Essa é a viagem ideal para juntar os amigos e partir rumo a aventura
2. Apesar de ser possível, com um bom guia de viagem, conhecer todos esses lugares via trens "comuns" da RENFE/ ônibus, não fosse pelo charme do comboio vintage, esse percurso poderia ser quase sempre adiado...
3. Somando-se os passeios, o dormitório e as refeições luxuosas, o preço vale muuuito a pena. Atualmente, fechando-se com 6 meses de antecedência, a suite júnior sai por cerca de 2600 euros/pessoa.

Sacaram, porque passei essa aventura para o topo da minha travel list?

No próximo post, mostrarei parada por parada.

Um comentário:

  1. https://www.qualyartpinturas.com.br
    Quero parabenizar todos vcs por nos trazer um otimo trabalho para os inteiores de uma maneira clara.

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