Uma visita ao Louvre – parte 1


Bom dia,
Todos sabem que o Louvre é um dos melhores museus do mundo. O problema é que ele é enorme e são muitas obras a serem conferidas. Na verdade, acho que é preciso mais ou menos um mês de visitas diárias ao museu para conhecê-lo, só que a maioria dos turistas não dispõe deste tempo.
A ideia dos próximos posts é orientar um tour pelo Louvre a fim de conhecer as principais obras, em uma ou duas visitas. Minha dica é que vocês façam a visita noturna de quarta-feira (fechamento às 22h), quando o museu está mais vazio, e assim também é possível aproveitar o dia em Paris e descansar um pouco antes de ir para lá. Realmente, aconselho um repouso à tarde antes de encará-lo, pois a visita é muiiiito cansativa, para quem deseja ver mais do que a Monalisa.
A segunda dica é que vocês entrem pelo Caroussel du Louvre (entrada no 99 da rua Rivoli). Vejam no blog Conexão Paris, que a Lina dá a dica de como chegar de metrô. Ano passado fiz isso e não peguei nenhuma fila. Mas, comprem seus ingressos com antecedência no site do museu.
A entrada da Porte des Lions fica fechada à noite
O Caroussel du Louvre é uma espécie de shopping, e no  primeiro nível da galeria temos a Escola do Louvre e uma série de restaurantes do gênero fast-food. No segundo nível há várias lojas, com destaque para a Apple Store (com atendente que fala português), Sephora e Swaroviski. Vale a pena perder um tempinho aí, pois até o banheiro é lindo. No Hall Napoleão, ninguém resiste a uma fotinho na Pirâmide invertida.
 Antes de entrar nas dependências do museu, passeiem pela entrada principal para tirar fotos com a pirâmide.
 
 
 
Mesmo que você entre pelo Caroussel, suba para tirar uma foto como a abaixo, sobre os vidros da piramide
 
 
Vamos ao tour:
Começaremos pela Ala Richelieu, com as obras da região de Flandres, Países Baixos e Alemanha. Essa é uma das minhas áreas preferidas.
Da entrada principal pegue a escada rolante até o segundo piso ou o elevador P. Vá direto para a Sala 18, aonde na Galeria Medici você vai se extasiar com as obras de Rubens sobre o ciclo da vida da rainha Maria de Medici. Os quadros são enormes e de fato dá para ficar horas aí.


 

Depois siga em frente para a Sala 17, onde verá a esquerda as obras de Van Dyck e a direita mais Rubens. Uma obra que merece destaque nesta sala é o autorretrato de Rubens (o mestre) com van Dyck (seu pupilo).

As próximas fotos não são minhas e são apenas para ilustrar.
Dê um pulo na sala 15 para ver A lamentação sobre Cristo – Igreja de Villeneuve-sur-Yonne de Peter Paul Rubens.
 
 
Siga para a sala 21. Os destaques aí são:
De Peter Paul Rubens -Hélène Fourment (1614-73) with a Carriage – por volta de 1639;  
 
De Peter Paul Rubens  -The Village Fête
 
 
Siga para Sala 24, com mais obras de Van Dyck
 
O destaque nesta sala é o famoso quadro Carlos I, Rei da Inglaterra, também conhecido como Le Roi à la chasse.
 
Vá a sala 27 ver o famoso Retrato do Filósofo René Descartes de Frans Hals.
 
 
 
Siga para a sala 28, onde também de Frans Hals achará o lindo quadro abaixo:
 
 

Agora você deve entrar nesse “cantinho” onde ficam as obras germânicas, que muita gente deixa de ver em suas visitas. Procure especialmente na Sala C, pela obra de Ferdinand de BRAEKELEER, na qual se vê Rubens pintando "Le Chapeau de Paille" no seu jardim. Simplismente IMPERDÍVEL!!


 
Retorne e entre na sala 31, onde verá as obras de REMBRANDT. Os destaques são o retrato do seu filho e Bathsheba at Her Bath. Mas, há vários lindos Rembrandt aí; fique um tempo na sala.
 
Na sala 32, eu gosto de um Rembrandt chamado: O filósofo sobre o livro aberto. Outro que amo, acho, fica na Sala C, e se chama O filósofo em meditação.

Pule para Sala 38, onde se encontra uma das grandes obras do museu.

 
Daí saia um pouco da ordem da visita do museu, para andar menos, e siga para a ala das Pinturas Francesas.


Na sala 1, o destaque é  a obra Eliezer e Rebecca de Nicolas POUSSIN.
 
Entre na sala 4, com obras de pintores dos Países Baixos, para ver o quadro abaixo:
 
Volte para a sessão de obras francesas para ver as belíssimas obras da ESCOLA FONTAINE BLEU.
 
Na Sala 6 há Jean Fouquet e na Sala 7 há Jean CLOUET. O destaque aí é O Retrato de François I, Rei da França.

Siga para sala 10, onde está outra grande obra do museu. Também, destaco O tocador de flauta, de JACOB BUNEL.
Agora, vamos adentrar uma região do museu que eu ADORO. Onde estão as obras da Renascença, dos pintores dos Países Baixos e Alemanha.
Na sala 8 há vários Hans HOLBEIN II, com destaque para Erasmus.

Há, ainda, uma obra do meu pintor favorito: O autorretrato de Dürer.

Ano passado, vi ainda As três Graças de Lucas Cranach adquirida em 2011

Siga para sala 9, onde fica a obra abaixo de Quentin METSYS, que eu AMOO!

 
Passeie por aí, e depois volte para a ala dos franceses.
 
Essa ala eu tive a oportunidade de conhecer ano passado e de fato é FANTÁSTICA. Das salas 12 a 16, exceto na 15, há obras deNicolas POUSSIN.
Na 12, destaco:
A inspiração do poeta, circa 1629-30, de Poussin;
 
 
·         Vênus e as Graças surpreendidas por um Mortal, de Jacques BLANCHARD
 
Na 14, POUSSIN com L'Enlèvement des Sabines, circa 1637-38.


Na 16, POUSSIN com L'Eté ou Ruth et Booz.
A propósito, destas salas pode-se ver Paris lá fora.
 
Passe rapidamente na sala 17 e siga para a sala 24, para ver La Tour.
Agora nos adentramos a ala SULLY.
Nessa área eu adorei visitar as salas abaixo:
SALA C com as doações de Hélène e Victor Lyon. A maioria das obras foram adquiridas entre as 2 grandes guerras mundiais e os destaques são: os pintores Venezianos e Franceses do séc. XVIII e uma adorável série de obras dos impressionistas (Jongkind, Monet, Cézanne, Degas, Pissarro, Renoir, Toulouse-Lautrec).
A SALA A, com obras que foram doação de Carlos de Beistegui (México, 1863–Biarritz, 1953), também é IMPERDÍVEL. Há: Jean Hey, Rubens, Van Dyck, Largillierre, Nattier, Drouais, Fragonard, Goya, David, Lawrence, Gérard, Ingres, Meissonnier and Zuloaga. Gostei, especialmente, de ver Goya, pois nas visitas noturnas de quarta-feira a ala de obras espanholas está fechada.Siga agora para sala 60 com obras de Ingres.
 
Vá até à Sala 56 ver dois belos Regnault, e veja na Sala 54, de Jacques-Louis DAVID, Madame Charles-Louis Trudaine. Esta sala merece um tempinho, pois tem diversas belas obras.  
 
Não deixe de passar na Sala 53 para ver a lindíssima As três Graças.
 
Na sala 48 e 49 há obras de Jean Honore Fragonard. Na 48, não percam o belo “The Bolt”.
 
Depois de explorar essas alas, volte e pegue o elevador C para o Rez de Chausse. Agora, vamos explorar as esculturas do período helenístico na Salle des Caryatides. Mas, isso é assunto para outro post.
 
A escada da Ala Sully, ao lado da  sala A também pode ser usada


A parte acima do tour pode ser feita em 1.30-2h. Eu preparei esse tour para otimizar a minha visita, mas espero que o aproveitem. Claro, de acordo com as preferências pessoais, pode-se passar mais ou menos tempo em cada sala.
Até o próximo post em uma das minhas alas preferidas do Louvre.

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