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domingo, 19 de março de 2017

Em Madri, a Série Lugares secretos que Indico apresenta o Museo del Romanticismo


O Museu do Romantismo não é exatamente secreto, mas também não tem a fama do mundial do Prado. Bem, ele não é mesmo tão interessante como o Prado e o Reina Sofia, e dificilmente vai entrar no seu roteiro na sua primeira estada em Madri.


Contudo, e sobretudo se você é fã do conceito casa-museu, sugiro que um dia vá visitá-lo. Ele conserva uma importante coleção de objetos históricos e artísticos relacionada com os costumes e a vida cotidiana da aristocracia espanhola no século XIX.


























Ele, que é pequeno e aconchegante, fica no bairro de Chuenca, e está localizado em num edifício neoclássico construído em 1776, o Palácio do Marquês de Matallana, que foi lar de vários nobres até abrir como museu em 1924. Sua existência deve-se as doações do filantropo e mecenas Benigno de la Vega-Inclán, um ávido colecionador que viveu na segunda metade do séc. XIX e na primeira do  séc. XIX. Ele é bem conhecido por ter fundado, em Toledo, um museu dedicado a El Greco.




O Romanticismo foi um movimento político e cultural que surgiu na Europa no final do séc. XVIII como uma form de reação ao racionalismo da ilustração e do classicismo. Ele cresceu bastante durante na primeira metade do séc. XIX, influenciando a música, a literatura, a pintura, o mobiliário e até a moda.





















Sala de custura




No Museu do Romantismo de Madri percorremos diversas salas que retratam perfeitamente o mobiliário da época. Há sala de jantar, de vestir, das crianças, salão de baile e mesmo uma capela. Apesar, de não haver audioguias, recebemos um folheto bem detalhista.












Cada albanico mais lindo do que o outro!



















Sala de jantar













A Espanha no séc. XIX passou por varias mudanças com a introdução da iluminação pública, das ferrovias, e com todo o crescimento industrial. Entretanto, foi uma época de franca decadência econômica, devido à perda das colônias americanas. Tudo isso,digo avanço tecnológico e não a decadência, se reflete nos elegantes salões onde predominam os tons azuis, os cristais e o veludo.


Sala de jogos das crianças










Sala de vestir



















































Quarto masculino













Como vocês já perceberam pelas fotos, eu dei a sorte de visitar o museu durante a exposição temporária de vestuários românticos do século XIX. Amei!!






E, o séc. XIX também foi a época do governo de Isabel II (ela governou o país de 1833-68), e no museu há diversos quadros que a retratam desde a infância. A "cereja do bolo" da minha visita foi “La Obra Invitada”: o espartilho que pertenceu a rainha Isabel II. Curioso é que ele foi responsável por salvar a sua vida no ataque do padre Merino, em 2 de Fevereiro de 1852. Pertence ao Museu Arqueológico Nacional, e estará exposto até 26 de Março de 2017.




No finalzinho da vida, vemos uma especie de maquetes de cômodos românticos com animações que espelham a vida à época. Bem, interessante!






Definitivamente, dá para vocês perceberem que vale a pena conhecê-lo, não?

Horário de Inverno (de 1 de Novembro a 30 de Abril)
De terça a sábado: das 9:30-18:30h
Domingos e feriados: das 10-15h

Horário de Verão (de 1 de Maio ao 31 de Outubro)
De terça a sábado: das 9:30-20:30h
Domingos e feriados: das 10-15h

Em Julho, às 19h ocorre uma visita guiada com entrada gratuita. Durante, todo o ano, no museu, também, ocorrem concertos, chequem a programação no site.

Endereço: Calle San Mateo 13.


No museu. há ainda um café bem legal, inclusive com um pátio florido fofo. Como no dia que fui estava chovendo não consegui fotografá-lo.


Bem, fico por aqui.

Bom domingo!!

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