Páginas

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Copenhague: uma cidade, dois palácios e um castelo


A monarquia dinamarquesa possui mais de 1000 anos de idade, sendo a quarta mais antiga monarquia contínua ainda existente no mundo. Assim, não é surpresa o país possuir tantos castelos e palácios a serem explorados pelos turistas.

Só em Copenhague, a capital do país, há dois belos palácios e um castelo para serem incluídos no roteiro. Vamos explorá-los...


1. Castelo de Rosenborg

Localizado no coração de Copenhague, no Parque Kongens Have, esse autêntico castelo real é onde, desde 1658, ficam armazenadas as joias da coroa dinamarquesa.


Sua história:

O Castelo de Rosenborg foi construído no Século XVII, pelo rei Christiano IV, para ser uma residência de férias. Naquela época, o então palácio real, medieval, era já um tanto antiquado, assim o rei, jovem e ambicioso, mandou construir uma residência em estilo Renascentista Holandês.

O castelo foi, então, edificado e ampliado ao longo de 28 anos, sendo finalmente concluído em 1633. Christiano IV adorou o resultado, tanto que, quando estava a morrer no Castelo de Frederiksborg, ordenou que o transportassem até o Rosenborg, a fim de passar seus últimos dias nele.

Após a sua morte, o castelo foi utilizado como residência real até 1710, quando Frederico IV, bisneto de Christiano IV, mudou-se para residências mais modernas. Desde então, o Castelo de Rosenborg só foi utilizado como residência real em dois momentos: depois do Primeiro Grande Incêndio, em 1795; durante o ataque britânico a Copenhague, em 1801. Em 1838, ele foi aberto ao público.

 

O Castelo Rosenborg possui mais de 400 anos de história.
 

Como é a visita ao Castelo Rosenborg



 

O Castelo tem três pisos:



1. Stengangen (Salão de Pedra) 

2. Fechado

3. Kongens Gemak (Quarto do Rei)

4. Marmorgemakket (Câmara de mármore)

5. Det Mørke Værelse (Câmara Escura)

6. Havestuen (Quarto Verde)

7. Christian IV.'s (banheiro)

8. Christian IV.'s Sengekammer (Quarto de dormir de Christiano IV)

9. Vinterstuen (Salão de inverno)

10. Christian IV.'s Skrivestue (Escritório de Christiano IV)

11. Trappetårnet (Torre da Escadaria)

12. Christian VIII.'s Værelse (Quarto de Christiano VIII)

13. Frederik VII.'s Værelse (Quarto de Frederico VII)

14. Frederik VI.'s Stue (Sala de Frederico VI)

15. Christian VII.'s Sal (Salão de Christiano VII)

16. Frederik V.'s Kabinet (Gabinete de Frederico V)

17. Spejlkabinettet (Gabinete de espelhos)

18. Fechado

19. Rosen (a Rosa)

20. Christian VI.'s Sal (Salão de Christiano VI)

21. Frederik IV.'s Kabinet (Gabinete de Frederico IV)

22. Frederik IV's Sal (Salão de Frederico IV)

23. Prinsessens Lakerede Kabinet (Gabinete Laqueado da Princesa)

24. Frederik IV.'s Gang (Corredor de Frederico IV)

25. Trappetårnet (Torre da Escadaria)

26. Bronzeværelset (Sala de bronze)

27. Korridor (Corredor)

28. Salão do Cavaleiro

29. Porcelænskabinettet (Gabinete de porcelana)

30. Regalieværelset (Quarto Regalia)

31. Regalieværelsets Udstillingskabinet (Sala de Exposições da Sala Regalia)

32. Glaskabinettet (Gabinete de vidro)

33. Trappetårnet (Torre da Escadaria)



No térreo, abrigam-se os cômodos privados do rei Christiano IV. Seu maior destaque é:


Roupas manchadas de sangue

Banheiro do rei, o que era muito moderno para a época

A Câmara de mármore (sala 4) que originalmente foi o quarto da esposa do rei Christiano IV; depois, que Frederico III mandou decorar no atual estilo barroco.

 



No primeiro andar os destaques são:

 



Sala de Frederico VI

Gabinete de Frederico V


O Gabinete de Frederico IV (sala 21) que era usado pela sua irmã, Sophie Hedevig, como Câmara de Audiência.

 


O Salão de Christiano VI (sala 20) que era originalmente o quarto de Sophie Hedevig. Seu grande tesouro são as tapeçarias com cenas da vida de Alexandre, o Grande.

A Sala Rosa (sala 19) que remonta ao tempo de Frederico IV, quando era utilizada como sala de jantar.

 


O Quarto de Frederico VII (sala 13) que foi projetado cinco anos após a sua morte. Nele, chama a atenção a caneta com a qual ele assinou a Constituição da Dinamarca, em 05 de junho de 1849.




No segundo andar o destaque é:

O Salão do Cavaleiro (sala 28) que foi o último cômodo do castelo a ser finalizado em 1624. Inicialmente, ele foi utilizado como salão de baile, mas em torno de 1700, foi transformado em sala de audiências públicas.

 





Há uma lenda que diz que o trono da rei da Dinamarca é feito de chifres de unicórnios, mas na realidade, são presas de baleia narval.


As cadeiras, destinadas ao rei e rainha, que eram utilizadas nas coroações dos reis absolutistas, são guardadas por três leões de prata.



O “Salão dos Cavaleiros” também contém uma grande coleção de móveis de prata, dos quais a maioria é do século XVII.



Depois de visitar esse prédio é hora de ir ao o porão, onde ficam as Joias da Coroa. Para tal é necessário reapresentar o ingresso.

 


No porão do castelo ficavam guardadas armas e barris de vinho, peças de marfim e âmbar.










O grande destaque deste piso é o Tesouro que é divido em três seções:

A sala de concreto bruto que abriga os tesouros mais valiosos do Rosenborg, como: a espada de Christiano III; as primeiras amostras da Ordem do Elefante e da Ordem da Jarreteira.

A espada do estado simboliza a autoridade de proteger, punir e julgar do rei. Ela foi utilizada para as atribuições de todos os monarcas absolutistas e, provavelmente, pela ultima vez na coroação de Frederico III.




Na sala seguinte o destaque é a coroa de Christiano IV, feita para a coroação em 1596.




Na terceira e última seção chama a atenção as Coroas dos Reis e Rainhas Absolutistas.



A rainha Margarida II só pode usar essas joias na recepção de Ano Novo e em ocasiões muito especiais que ocorram dentro das fronteiras do país.




O Jardim do Rei (Kongens Have) é o mais antigo jardim real da Dinamarca, e seu estilo renascentista deve-se ao Rei Cristiano IV.


Endereço: Øster Voldgade 4A.



Como chegar: A estação (de metrô e trem) Nørreport fica a 200 metros do Castelo.

Horário: veja aqui.

Entrada: 115 DKK.Gratuita com Copenhagen Card.


Palácio de Amalienborg

Formado por um complexo de quatro edifícios idênticos, o Palácio de Amalienborg é a residência oficial da família real dinamarquesa.


Estátua do Rei Frederik V, de 1771


Os guardas se vestem com uniformes de cores vivas e usam chapéus de pelo de urso.

 


Sua história:

Inicialmente, esse local foi adquirido pelo rei Christiano IV, em 1602. Todavia, foi seu filho, o rei Frederico III, que em 1673 mandou construiu um palácio para sua esposa Sophie Amalie. Em 1689, esse palácio foi totalmente destruído por um incêndio. Foi apenas seu neto, o Rei Frederico IV, que ordenou a sua desconstrução e o nomeou Sophie Amalienborg.

Anos depois, seu neto, o rei absolutista Frederico V, para comemorar o tricentenário da ascensão dos Oldemburgo ao trono da Dinamarca, teve a ideia de transformar esta parte da cidade em um bairro no estilo barroco dinamarquês (Frederiksstaden). Assim, dou o terreno para quatro nobres, que construíram quatro palácios idênticos. Os edifícios foram projetados pelo arquiteto Nicolai Eigtved, e três palácios receberam o nome desses nobres. O quarto recebeu o nome da Condessa Anna Sophie Schack, porque um dos nobres, Løvenskiold, foi obrigado a vendê-lo.

Em 1795, o Christiansborg, onde a família real morava, foi destruído no Segundo Grande Incêndio (1795). Sem ter onde morar, o rei Christiano VII decidiu se mudar para dois desses palácios que estavam vazios, o Palácio Moltke e o Palácio Schack. O Palácio Moltke, que é a ala oeste do atual Amalienborg, hoje é usado como residência de hóspedes e fica aberto ao público quando não há convidados hospedados. A rainha Margarida II vive no Palácio Schack, que forma a ala sul.

Os outros dois palácios, mais tarde, também foram transformados e incorporados a residência real. A ala norte é composta pelo Palácio Levetzau; o térreo abriga um museu e contém a biblioteca da rainha. O piso superior contém o apartamento do Príncipe Joachim. A residência do Príncipe Herdeiro Frederico fica na ala leste do Amalienborg, no Palácio Brockdorff.

O museu

Como citei, atualmente, dois desses palácios estão abertos ao público, o Palácio Levetzau e o Palácio Moltke.

Palácio do Rei Cristiano VIII e da Rainha Louise: Museu de Amalienborg - apartamentos privados dos Reis de Glückborg de 1863-1972. Em seu interior pode-se admirar as relíquias da realeza, o mobiliário exclusivo e as tapeçarias com cerca de 150 anos.

 


Palácio do Rei Cristiano VII - alojamentos para chefes de estado estrangeiros. Há visitas guiadas de julho a setembro.

Entre o Palácio de Amalienborg e o porto está localizado o Amaliehaven (Jardim Real). O jardim, inaugurado em 1983, é um dos mais recentes na cidade.






A troca da guarda

 

“Den Kongelige Livgarde” (a Guarda Real) protege o Amalienborg noite e dia. Diariamente, às 11:30h, os guardas saem do Castelo de Rosenborg e marcham pelas ruas de Copenhague até o Amalienborg, onde ao meio-dia ocorre a troca da guarda.

 


Endereço: 1257 Copenhagen K.



Horário: veja aqui.

Entrada do museu: DKK 95. Gratuito com o Copenhagen Card.


Palácio de Christiansborg

O Palácio de Christiansborg, que foi por muitos anos a residência oficial da família real, fica em uma pequena ilha chamada Slotsholmen (ilha do castelo). Hoje, ele hospeda a sede do Parlamento Dinamarquês e da Suprema Corte da Dinamarca, além de ser o escritório do Primeiro Ministro. Assim, é a única construção do mundo que abriga os três poderes simultaneamente. Algumas partes do palácio, também são usadas pelo monarca, incluído as Salas de Recepções Reais, a Capela e os Estábulos Reais.




Sua história

No Século XI, Copenhague era somente um pequeno vilarejo de pescadores, chamado Havn (porto), que ficava na rota entre Roskilde (capital da Dinamarca a época) e Lund, na Suécia. De 1161 a 1167, o braço direito do Rei Valdemar I, arcebispo Absalão de Lund, mandou construiu o primeiro castelo nessa localização. Esse foi o marco da fundação de København (porto de compras = Copenhague).

Em 1369, o primeiro castelo foi demolido pela Liga Hanseática que, então, construiu o Castelo de Copenhague. Ele foi ampliado e reformado várias vezes. O rei Frederico IV chegou a reconstruí-lo por completo, todavia a estrutura ficou tão pesada que suas paredes colapsaram. Seu sucessor, o rei Christiano VI, mandou demolir o castelo medieval, em 1731, e logo após (em 1740) ordenou a construção do que veio a ser o primeiro Palácio Christiansborg. Esse servia de residência real e como sede do parlamento dinamarquês. Esse prédio foi destruído por um incêndio em 1794, o segundo Christiansborg foi reconstruído em 1828 pelo rei Frederico VI, o prédio foi destruído por outro incêndio em 1884, o terceiro e atual Christiansborg foi inaugurado em 1928.

A visita

O complexo Palácio Christiansborg é enorme e muitas áreas estão abertas à visitação pública, como: os salões reais; a cozinha real; as tapeçarias; a capela; os estábulos e as ruínas (subterrâneas) do Castelo de Absalon.

 



1. Salões Reais de Recepção

 

Seus destaques são: O Grande Hall que é utilizado para bailes e eventos de gala (há tours diários às 15h); a Sala do Trono; o Salão de Veludo; a Biblioteca da Rainha e o Salão Fredensborg.

 













2. Cozinha Real

A cozinha foi construída para o terceiro Palácio Christiansborg e em dia de banquetes de gala nela se prepara a refeição para centenas de pessoas. Ela esta arrumada como nos dias do rei Cristiano X. Para quem quer saber mais, há tours guiados (em inglês) aos sábado às 16h.
 




3. Ruínas

As fundações da lendária Torre Azul, a maior torre do antigo castelo e onde ficavam os prisioneiros políticos e outros criminosos, formam uma grande ruína sob o castelo. Seu prisioneiro mais famoso foi a filha do rei Christiano IV, Leonora Christina. Seu marido, Corfitz Ulfeldt, foi condenado por traição e ela ficou presa na torre por quase 22 anos para pagar pelos seus crimes. Há tours guiados (em inglês) aos sábado às 12h.

4. Torre

Sua plataforma de observação possui 106 metros de altura, sendo a mais alta da cidade. Seu aceso é gratuito.

 


5. Capela do Palácio

Inspirada no Panteão de Roma e na Igreja Sant’andrea na Via Flamina. O primeiro grande evento real realizado nessa capela foi o casamento de Frederico VII com a princesa Vilhelmine, em 1828.

6. Museu do Teatro

O Museu do Teatro existe desde 1912 e está situado em um antigo teatro.

7. Estábulos Reais

Em funcionamento desde 1740; há tours guiados (em inglês) aos sábado às 14h. Seu grande destaque é a Golden State Coach, construída em 1840, toda revestida com folha de ouro de 24 quilates.

8. Parlamento

É possível assistir a sessões do parlamento (Folketinget) nas galerias públicas ou fazer um tour guiado gratuito pelas suas dependências.

 


Endereço: Prins Jørgens Gård 1.



Horário: veja aqui.

Entrada: Ticket combinado com todos os acessos: DKK 160/Salões Reais de Recepção: DKK 95/Cozinhas Reais ou Ruínas ou Estábulos ou Capela Real: DKK 60/Teatro Real: DKK 50. Gratuito com o Copenhagen Card.

Abraços!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário