Os castelos poloneses são tão grandiosos quanto os da Alemanha, menores que os austríacos e tão bonitos quanto os castelos italianos. Então, uma atração imperdível é o Castelo Real de Varsóvia (Zamek Krolewski), que fica na escarpa do Vístula, no extremo sul da Cidade Velha de Varsóvia.
Sua historia é um pouco longa, mas tão cheia de intrigas e reviravoltas que vou contá-la...
História:
As origens do Castelo Real remontam ao Príncipe Mazoviano, Bolesłau II, na virada do século XIII. Mais
tarde, quando da União da Polônia e Lituânia, ele tornou-se o local onde ocorreriam
as reuniões do parlamento. Em 1573, nele, a Assembleia de Varsóvia promulgou a
carta de liberdade religiosa da Polônia: "todos são livres para adorar de
acordo com a fé de sua consciência". Esta foi uma grande conquista, pois, embora
hoje a Polônia seja esmagadoramente católica, naquela época a fé católica era
professada por menos da metade dos habitantes e a Carta poupou a Polônia dos
horrores das guerras religiosas que envolveram grande parte da Europa durante a
contrarreforma.
Em 1596, o rei Sigismundo III Vaza decidiu
transferir a capital da Polônia de Cracóvia para Varsóvia e, portanto, optou
por construir um grande castelo no local da fortaleza Mazoviana. Este, então, foi
projetado, entre 1598 e 1619, no estilo barroco inicial pelos arquitetos
italianos Giovanni Trevano, Giacomo Rodondo e Matteo Castelli. Foi quando, em 1619,
adicionou-se a Torre Sigismundo, mais tarde também conhecida como Torre do Relógio
(Zegarowa), já que nela se instalou um relógio em 1622.
Seu filho e sucessor, Ladislau IV, ergueu um
monumento em frente ao castelo para homenagear seu pai. É uma coluna encimada
pela figura de Sigismundo III sustentando, com uma mão, uma grande cruz e
segurando uma espada na outra.
Ao longo dos anos, o castelo foi residência
real, local de deliberação parlamentar e albergou gabinetes administrativos de
cultura e arte. Em seguida, foi destruído, em meados do século XVII, durante as
Guerras Suecas. Na segunda metade do século XVIII, ele foi restaurado, e ampliado, graças ao
último rei da Polônia, Estanislau II Augusto Poniatowski, tornando-se um ícone do
nacionalismo polonês, um símbolo de soberania.
A restauração foi iniciada pelos Apartamentos
Reais e a Grande Escadaria. Localizado na ala sul, seu
uso agora é reservado para ocasiões cerimoniais. O arquiteto do rei, no início
deste período, foi Jakub Fontana (1710-1773), cujo estilo versátil evoluiu, ao
longo da carreira, do Barroco tardio e do Rococó para o Classicismo.
Mas, quem foi Estanislau II Augusto Poniatowski? Como
ele adquiriu tanto bom gosto? Por que ele foi o último rei da Polônia?
Nascido em 1732, ele era filho do palatino de
Mazovia. Mas, foi sua mãe, ela mesma filha de magnatas, que o apresentou, ainda
jovem, a conceitos e ideias filosóficas modernas. Aos 18 anos, ele foi enviado para
o exterior. Viveu oito anos entre a Saxônia, Prússia, Áustria, França, Holanda
e Inglaterra. Andou por Dresden, Berlim, Paris e Londres. Enquanto em Paris, teve
a oportunidade de ver o funcionamento da Corte de Versalhes, observar seus
modos, admirar seus gostos. Ao visitar Londres, ficou admirado pelo sistema
político e pela estrutura social da Inglaterra.
Em 1757, ele foi enviado a São Petersburgo,
onde teve um tórrido caso de amor com a grã-duquesa Catarina Alekseyevna.
Cinco anos depois, seu marido se tornou o czar Pedro III e logo, ainda em 1762,
Catarina, tendo engendrado um golpe de estado, tornou-se ela mesma a soberana
destinada a ser chamada de “A Grande”.
No ano seguinte, o Eleitor da Saxônia e Rei
da Polônia morreu. A Rússia estava ansiosa para adicionar a Polônia ao seu
império e, talvez para esse fim, Catarina prometeu a coroa polonesa a
Poniatowski. Assim, em 7 de setembro de 1764, Estanislau II foi eleito rei da Polônia, em uma cerimônia imortalizada
em uma pintura de Bellotto.
Inteligente, culto e cosmopolita, o novo soberano era,
enfim, um polonês, diferentemente dos seus predecessores, todos de origem
estrangeira. Ele introduziu reformas econômicas, promoveu as artes e as
ciências, e presidiu a adoção da Constituição de 3 de maio de 1791, a primeira constituição nacional moderna
codificada da Europa e a segunda mais antiga constituição nacional do mundo.
Todavia, a Constituição era liberal demais para
o gosto do governo russo absolutista. Logo Catarina reagiu e persuadiu alguns
magnatas insatisfeitos a formar uma confederação que veio a pedir a ajuda russa
para reverte-la. A seguir, os exércitos russos marcharam para a
Polônia. No início, o exército polonês, sob a liderança dos generais Tadeusz
Kosciuszko e Jozef Poniatowski, até se opôs. Mas, o rei, preocupado com uma carnificina,
sinalizou um acordo com a Confederação de Tarnowice. O que se seguiu foi a
segunda e desastrosa divisão da Polônia: apenas 57% de seu antigo território permaneceu
dentro das fronteiras do país. Em 1794, sob a liderança de Kosciuszko, os
poloneses se levantaram contra ela. Após sucessos iniciais, eles foram
esmagados pelas armas russas e a terceira partição se seguiu, resultando no
desaparecimento da Polônia do mapa da Europa por 123 anos. Estanislau II
Augusto Poniatowski foi forçado a abdicar, e passou o resto de seus dias perto
de São Petersburgo como um convidado e virtual prisioneiro do estado russo.
No século XIX, o castelo foi usado como centro administrativo pelo czar. Durante a Primeira Guerra Mundial, ele foi
a residência do governador militar alemão; quando o país recuperou a
independência, em 1918, passou a ser a residência do Presidente da Polônia.
Nos primeiros dias da invasão alemã, em setembro
de 1939, ele foi incendiado e sua ala oeste destruída. Nos dias que se
seguiram, a equipe do castelo removeu seções de painéis decorativos,
revestimentos de parede, obras de arte, tudo o que poderia ser útil em esforços futuros de reconstrução.
No final da guerra, Adolf Hitler ordenou a dinamitação do castelo e de 95% da
cidade. Assim, até 1971 um grande buraco no chão marcava o local onde um dia o
símbolo da soberania nacional havia estado. Foi quando se iniciou uma campanha
nacional de arrecadação de fundos para reerguê-lo. Buscou-se por tudo que
pudesse ser útil na sua reconstrução: fotografias, quadros, desenhos, etc. Como muitas peças de arte e de decoração foram destruídas
ou furtadas durante a guerra, alguns países enviaram, para Varsóvia, objetos decorativos.
Também, alguns poloneses que viviam em outros países o fizeram.
O
esforço levou anos, mas finalmente, em 1984, o castelo foi restaurado, e, com
grande orgulho, aberto a visitação. Hoje, os visitantes mais atentos conseguem
identificar, entre os revestimentos das paredes, pequenas áreas um pouco mais escuras.
São aqueles revestimentos originais que foram retirados o castelo ainda em 1939,
e que foram acrescidos magistralmente à nova estrutura.
Atualmente, o castelo serve como museu e está
subordinado ao Ministério da Cultura e do Patrimônio Nacional. Por outro lado,
muitas reuniões das visitas oficiais e de Estado são nele realizadas. O
monumento é visitado por mais de 500.000 pessoas por ano.
Em resumo:
- Início de 1300: os duques de Mazovia constroem uma fortaleza no local do atual Castelo Real.
- 1598: Inicia-se a construção do anexo barroco.
- 1939-44: O Castelo Real é destruído na Segunda Guerra Mundial.
- 1980: A Cidade Velha e o castelo se tornam um Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO.
- 1984: O Castelo Real restaurado é aberto ao público.
A visita:
Embora o Castelo Real tenha três andares, é o
segundo que merece mais atenção. É onde ficam os Apartamentos Reais (quartos
18-28), que eram os aposentos do rei, e os Apartamentos de Estado (salas 9 a
17). Há, ainda, as Câmaras do Parlamento (quartos 4 a 8), na ala oeste. Já, a
ala sul contém os apartamentos do sobrinho e homônimo do rei, Estanislau
Poniatowski (quartos 33-36), enquanto a ala que conecta os Apartamentos de
Estado às Câmaras do Parlamento abriga os apartamentos do Príncipe Herdeiro.
Como Poniatowski era solteiro, o nome dessas câmaras (quartos 29-32) refere-se
aos ocupantes anteriores. Hoje, este último abriga uma coleção de magníficas
telas históricas de Jan Matejko.
Por estarem interligados, os Apartamentos
Reais e os Apartamentos de Estado (gabinetes administrativos da Corte Real da Polônia), podem ser visitados em qualquer direção. Como, historicamente, os Apartamentos
Reais foram restaurados primeiro, vamos começar por aí.
O tour, passa da Sala da Guarda (19) até a
Antecâmara Senatorial (20), onde os que esperavam por uma audiência real
aguardavam. A sala foi projetada por Dominik Merlini (1730-1797) que, chegando
à Polônia em 1750, tornou-se aluno de Fontana e com a morte deste último, em
1773, foi nomeado arquiteto do rei. A sala é geralmente chamada de Salão
Canaletto porque foi construída para exibir uma série de 22 cenas de Varsóvia pintadas
por Bernardo Bellotto (1721-1780), que era sobrinho de Canaletto. Em Varsóvia, havia
certa confusão, e o veneziano Bernardo Bellotto era conhecido pelo nome de seu
famoso tio.
Canaletto desenvolveu a técnica de pintura
que contava com o uso da Câmera Obscura, que é um cubículo escuro com um
orifício em um dos lados onde a cena externa era projetada de cabeça para baixo
na parede oposta e podia ser rastreada. Bellotto, que aprendeu a técnica com
seu tio, por um período, trabalhou em Dresden como pintor da corte para Augusto
III. Mais tarde, após a morte deste último, mudou-se para Varsóvia e, a partir
de 1767, trabalhou para Poniatowski.
Andrzej Grzybowski cuidou do restauro dessa sala, o que inclui muitas peças originais.
No século XVIII, bem antes da invenção da câmera fotográfica, o
detalhamento nas pinturas produzidas por essa técnica deve ter sido realmente
espantoso. O detalhamento é tão grande que elas foram utilizadas por
arquitetos envolvidos nas reconstruções dos prédios destruídos durante a Segunda
Guerra Mundial.
Suponho que a Antecâmara deva ter incutido
naqueles que ali esperavam um senso de respeito, como era o desejo do rei. Ele almejava, exatamente, transmitir aos súditos a ideia de que a Polônia merecia uma bela
capital e que Varsóvia precisava cumprir esse papel.
À direita da Sala Canaletto está a Capela
Real (21) situada na Torre Grodzka e desenhada por Domenico Merlini, em 1776. Atualmente,
o coração de Tadeusz Kosciuszko está ali guardado em uma urna.
À esquerda, está
a Câmara de Audiências (22), que foi, também, desenhada por Merlini. Ela é
decorada com quatro pinturas de Marcello
Bacciarelli (173118 18), um pintor italiano nascido em Roma. Ele se mudou para
Varsóvia em 1762 e se tornou o pintor da corte, em agosto de 1776.
Sobre os lintéis das quatro portas, as
pinturas de Bacciarelli representam as quatro virtudes que Poniatowski considerava
essenciais em um monarca: devoção, sabedoria, justiça e força.
Ao lado fica o Quarto do Rei (23). Apainelado e
decorado com grinaldas douradas, ele foi baseado no desenho de Fontana. A cama,
"a La Turque", no entanto, foi desenhada por Merlini.
A cama, pequena, mostra que o rei dormia quase sentado, como era costume à época. |
Relógio de 1746 |
A seguir, há um complexo de cômodos que eram usados
diariamente pelo rei para administrar o governo. A decoração e o mobiliário destes quartos
foram muito alterados durante o século XIX e, embora restaurados ao estilo
apropriado à última parte do século XVIII, o design não é o original. O Camarim
(24) e a sua antecâmara (26) serviam de sala de espera aos cortesãos que seriam
admitidos no Gabinete do Rei (25). A escadaria da Torre Wladyslawowska servia
para admiti-los mais diretamente. Adjacentes estavam os quartos Verde (27) e
Amarelo (28). O primeiro era onde o rei se reunia com o Conselho Real.
A Sala
Amarela servia de sala de jantar e era onde os famosos almoços de quinta-feira,
para os quais o rei convidava líderes nas artes e nas ciências, eram servidos.
Apartamentos de Estado, sede do Sejm (Parlamento)
A democracia polonesa começou ali a partir do século XVI. Em 1573, nessas
salas foram escritas as emendas à Constituição da República das Duas Nações,
com a grande tolerância religiosa. Também, durante o Dilúvio, em 1652, o liberum veto foi instituído nestas
salas, embora só tenha entrado em vigor em 1669. Em 1791, a Constituição de
Maio foi elaborada pelo Sejm de Quatro Anos.
Enquanto os Aposentos Reais eram, por assim
dizer, os aposentos onde o rei aparecia na maior parte do tempo no papel de um individuo,
nos aposentos de Estado, ele surgia na plena majestade de Chefe de Estado. O
modo como esse complexo de salas era usado dependia da ocasião e do número de
pessoas a quem o rei concedia audiência. Se a audiência fosse dada na Sala do
Trono (13), então a Câmara de Mármore (12), o Grande Salão (10) e o Salão dos
Cavaleiros (11) serviam como antessalas.
O rei teve um interesse pessoal no design e no planejamento dessas salas. Ele queria exaltar os
monarcas anteriores e suas realizações e, assim, chamar a atenção para os
grandes homens da Polônia que exemplificavam a força e a sabedoria da nação.
Para a Sala da Câmara do Senado, Estanislau II Augusto encontrou inspiração no
Livro VII da Eneida de Virgílio, que descreve como Enéias, tendo descido ao
mundo dos mortos, encontra-se nos Campos Elísios entre os homens mais justos e
meritórios.
Seu desenho é de Jan Chrystian Kamsetzer (1753-1795) |
No Salão dos Cavaleiros (11) lê-se, em latim por
toda a parede:
“Aqui estão reunidos àqueles que sofreram feridas por causa da nação;
aqueles que levam uma vida sacerdotal pura; aqueles poetas de verdadeira
integridade cujas canções eram dignas de Phebo (Apollo); aqueles que por sua
arte elevaram a vida; e aqueles cujas contribuições mantiveram sua memória
viva.”
Essa sala é dominada por uma estátua de Chronos,
obra de Jakub Monaldi, a personificação grega do tempo, cuja foice é uma
lembrança da mortalidade.
Chronos curva-se sob o peso de um globo, que também é a encarnação do tempo, pois é um relógio. O globo, porém, com sua faixa equatorial lembra Saturno com seus anéis. |
Nas paredes, há cinco grandes pinturas que representam
momentos de glória real na história da nação. Há, ainda, contra um fundo de
troféus, retratos, de Bacciarelli, de dez poloneses “famosos” (Copérnico,
Hodkiewicz, Cromerus ...) e bustos de bronze de outras vinte e duas “celebridades”
polonesas (Hevelius, Kochanowski, Ossolinski ...), obras de Andrzej Le Brun.
Em frente à estátua de Chronos está a Fama Eterna, escultura de Le Brun,
proclamando os cidadãos selecionados a serem homenageados pelo rei.
A Câmara de Mármore (12) adjacente, foi apainelada
em muitas variedades e cores de mármore durante o reinado de Ladislau IV. Mais
tarde, ela foi embelezada por Fontana com belos retratos, de Marcello Bacciarelli,
de vinte e dois reis poloneses.
Trompe-l'oeil |
A sala é dominada por um retrato de corpo
inteiro de Estanislau Augusto com suas vestes da coroação.
Uma das salas mais impressionantes do castelo, ela conta,
ainda, com as figuras da Justiça e Paz, esculpidas por Andrzej Le Brun.
Finalmente, chega-se ao Grande Salão (10), ou
Salão das Colunas, onde ocorriam as a cerimônias da Corte Real.
O Corredor da Sala da Grande Assembleia |
Decorado com 17 pares de colunas douradas, ele era usado para banquetes e bailes. |
O rei queria um salão imponente e conseguiu, graças ao trabalho de Kamsetzer
que se utilizou de espelhos largos, estátuas em nichos profundos, colunas
simples e janelas redondas no nível superior para ampliar o seu tamanho. Além
do Grande Salão fica a Sala do Conselho (15), onde o Conselho Contínuo se
reunia, e além dela o teatro ou Sala de Concertos (16), ainda hoje usado.
A Sala do Trono Neoclássico (13) é dominada por dourado
e um rico veludo vermelho. Seu
projeto original, e da talha das molduras, foi de Victor Louis (1731-1800), um
dos fundadores do neoclassicismo francês. O trono foi projetado por
Kamsetzer e feito por artesãos poloneses.
As decorações da maioria dessas salas são réplicas das originais de Giovanni Battista di Quadro.
Ao lado da Sala do Trono fica a pequena Câmara dos Monarcas Europeus (14). Aqui estão pendurados retratos de Jorge III, Papa Pio VI, José II da Áustria, Luís XVI, Gustavo III da Suécia, Frederico II da Prússia e Catarina II da Rússia. As pinturas dos monarcas são de primeira classe; a de George III, por exemplo, é de Gainsbourough. Na verdade, toda a câmara é uma extraordinária obra de arte dedicada aos “inimigos do rei”. Poniatowski deve ter pensado muitas vezes em como conseguir a soberania da Polônia obtendo vantagens no vasto tabuleiro de xadrez que era esta parte da Europa no século XVII.
Que piso!
Em maio de 1791, o Sejm (câmara baixa do parlamento) promulgou a nova Constituição na Sala da Câmara do Senado (4).
Se Catarina A Grande, inicialmente, achou que era possível manipular Estanislau Augusto, não foi isso que ocorreu. Todavia, o rei encontrou resistência entre a nobreza de seu próprio país que fez uso das "Liberdades de Ouro", e particularmente do Liberum Veto, para paralisar o Sejm. Essa anarquia interna, incentivada pela Rússia, culminou, em julho de 1772, no tratado de partição em São Petersburgo, pelo qual a Polônia perdeu parte do seu território.
Os monarcas absolutistas da Prússia, Rússia e
Áustria exigiram que o Sejm polonês ratificasse o tratado. E, assim, reunido na
Sala da Câmara do Sejm (8), o órgão fê-lo com apenas dois representantes
votando contra. A ação de um dos dois, Tadeusz Rajtan, que se jogou na porta
que conduzia à Câmara do Senado (4), onde a assinatura final de ratificação
teve de ser anexada, entregou suas roupas e suplicou aos demais delegados que o
matassem em vez de assinar o documento. Esse gesto grandioso, mas fútil, foi
imortalizado na pintura de Jan Matejko (abaixo).
Apartamentos do Príncipe Herdeiro, com as pinturas de Jan Matejko.
Em 1994, a Condessa Karolina Lanckorońska
doou 37 pinturas ao Castelo Real. A coleção inclui duas pinturas de Rembrandt:
O Pai da Noiva Judia (ou “O Erudito no Lectern”) e A Noiva Judia (conhecida
como “A Rapariga numa Moldura”), que é bastante impressionante porque é tão
realista que parece que a rapariga está saindo da moldura. Ambas, originalmente,
faziam parte da coleção de Estanislau II Augusto. Essas obras foram reorganizadas
em 2011 e agora estão disponíveis no térreo.
Na parte de trás das vitrines, pode-se ver
imagens de raios-X muito interessantes, e de grande porte, dessas duas pinturas.
Há, ainda, na Galeria Lanckorońska, obras de Teniers o Jovem e Anton von
Maron.
Tenda com frutas e legumes de Floris van Schooten (final do século XVIII). |
Gabinete de Arte do Príncipe Władysław Vasa, Etienne de la Hire, 1626. |
Parte original do castelo.
Anexo ao Castelo está o Palácio de Telhado de
Bronze, com uma série de exposições temporárias.
Endereço: plac Zamkowy 4.
Horário de funcionamento: segunda, quarta e
sexta-feira, das 10-18h; quinta-feira, das 10-20h; domingo, das 11-18h.
Castelo: zl 22 (adultos); Palácio de Telhado de Bronze: zl 14; grátis
aos domingos.
É isso. Imperdível!!
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