Série Viagens: lugares secretos que indico: estrelando com Frutillar no Chile

Bom dia queridos,

férias chegando, e vocês provavelmente já estão com seus destinos traçados, por isso hoje iniciaremos uma nova série aqui no Casinha Colorida. Trata-se da série VIAGENS: LUGARES SECRETOS QUE INDICO, nela abordaremos destinos poucos explorados no mundo, ou simplesmente um cantinho em uma cidade mais balada que muitas vezes os turistas “pulam” no seu roteiro corrido. Claro, gosto por lugares é pessoal, então entendam que darei apenas umas dicas sobre os “pedacinhos” que me tocaram o coração, e que quando mostro as fotos e conto as histórias, o povo fica com carinha de “por que não fui”.
Como andei falando de Ushuaia, que ainda não conheço, devo dizê-los que conheço a Patagônia Chilena e outros cantinhos neste país maravilhoso. Pequena pausa aqui: em se tratando de viagem, como não sou abastada de grana e tempo, ainda estou na fase de explorar os destinos mais conhecidos, nada conheço de Ásia e África, mas a América Latina ... outra história. Ah, e amo história, e é o nosso continente, então sempre que posso vou desbravar nosso quintal. Meu estilo, não, não sou mochileira, já estou na fase da vida de curtir conforto e boa comida e bebida em um ambiente relativamente chique. Aventura, sim, gosto, mas não sou atleta, medium motion, e vamos que vamos.
De volta ao script, ou seja ao CHILE, já ouviram falar de Frutillar (pronuncia-se Frutijar e significa morango)? Pois, hoje o lugar tem sido um pouco mais comentado, mas quando fui em 2007, não era. Ainda assim, as agências não costumam fazer passeios até lá, e muitos a perdem. NÃO SEJA UM DESSES, VÁ, VÁ E VÁ ...



o vulcão Osorno em um dia abençoado de poucas nuvens (em geral, ele fica encoberto)

Hotel Bauernhaus

no quintal de uma casa local, vejam a cortina,
na cidade todas as janelas são assim

a igreja de Frutillar

Mamãe tirando onde de moradora
muitas flores pela cidade



 Onde: Chile – América Latina;
Próximo a: 20 quilômetros de Puerto Varas (20 Km Porto Varas) na Patagônia chilena;
Motivo da visita: a cidade, de colonização alemã, é linda e seus doces alemães são divinos (kuchen);

nós 4 comendo e comendo ...
Kushen

Como chegar: de transporte público (micro-ônibus) a partir de Puerto Varas;
NÃO VÁ DE EXCURSÃO, o onibus é barato e super confortável, pegamos vazio assim no ponto final perto do lago 

Quanto tempo ficar: um dia inteiro ou meio dia (a tarde para curtir o lanche);
Imperdível: Museu Colonial Alemão, restaurante que é uma espécie de chalé com um relógio na fachada (veja aqui), deck- mirante no lago; diversos símbolos musicais a beira do lago (veja aqui);

Passeio: bom mesmo é comer muito kuchen e depois caminhar tranquilamente a beira do lago, curtindo a beleza do lago ao pôr do sol;  


mapa da cidade

Geografia: Vulcão Osorno e Lago Llanquihue (de perder o folego). Curiosidade: chove quase o ano todo na região. Vá no verão;


A cidade é cercada por 3 vulcões (Osorno, Puntiagudo e o Cabulco). Vejam os telhados vermelhos das casinhas. Ao fundo o lago
Curiosidade: casas de arquitetura típica alemã; sabe quanto custa uma?  US$ 1 milhão. Mas, se tiver esse dinheiro, posso morar lá? NÃO, para tal é preciso provar além da sua situação financeira, que possui origem germânica e ser fluente em alemão;
Evento: no verão (Fevereiro- Março), o badalado festival “Semanas Musicais” no Teatro del Lago, que reúne grandes artistas chilenos e internacionais;

Blogs que falam dela: os bóias, Viagem na Viagem e Nerds Viajantes (com muitas fotos lindas!)
Faça: em uma trip pela Patogonia Chilena ou de um pulinho a partir de Bariloche

O que diz a Wikipédia:
Frutillar é uma pequena cidade no sul do Chile, situada na Patagónia. Foi fundada por imigrantes alemães em 23 de novembro de 1856. É vizinha das cidades de Puerto Montt, Osorno e Puerto Varas, e hoje tem aproximadamente 5.000 habitantes. Uma de suas principais atrações turísticas é o Museu Colonial Alemão.A comuna limita-se: a oeste com Fresia; a norte com Puerto Octay e Purranque; a leste com Puerto Varas; a sul com Llanquihue.

História: Fundada em 23 de novembro de 1856 pelos colonos alemães que chegaram à região durante o governo do Presidente Manuel Montt, às margens do Lago Llanquihue. Os colonos construíram suas casas nas encostas dos arredores, devido ao terreno pantanoso do entorno do lago, e dedicaram-se às atividades agrícolas e à agroindústria, como o funcionamento de laticínios, moinhos, destilarias, curtumes e de alguns armazéns dedicados à venda de mantimentos e de implementos. Como consequência do processo de colonização alemã incorporam-se ao nascente vilarejo os costumes e tradições típicas que os habitantes trouxeram de sua terra natal.Logo começaram a ocupar os lotes medidos por José Decher, as primeiras famílias de colonos alemães, entre os quais Wilhelm Kaschel, Heinrich Kuschel, Theodor Niklitschel, Christian Nannig, Christian Winckler, Adams Schmidt, entre muitos outros. Devido ao fato que a localidade era uma passagem obrigatória entre Puerto Montt e Osorno, teve um rápido desenvolvimento, favorecendo a formação do comércio e da agroindústria.”

Museu

Fica a uma quadra da via la Costanera, na esquina da Arturo Prat com Av. Vicente Pérez Rosales.
Endereço: Av. Vicente Pérez Rosales s/n, Frutillar. Tel:65 - 421142.
Horários: Alta Temporada: 9-19.30h, de Segunda a Domingo; Baixa: 9-17.30h.
A ideia do museu é retratar o estilo de vida dos alemães na época da colonização da cidade (cerca de 1900). Ele possui 4 casa típicas da época para visitarmos: a Molino de Agua (Casa do Moinho); o Campanario (Campanário); a Casa del Herrero (Casa do Ferreiro) e La Casona (casa dos senhores de “engenho”. Tudo é muito bonito e perfeitamente conservado, de forma que cumpre muito bem o seu papel de retratar o século XX.


 
mapa
panoramica dos jardins do museu

La Casona
A primeira coisa que chama a atenção, já na parte externa, é o visual que se tem da cidade e da geografia do entorno, pois a mesma fica lá no alto. Perca tempo aí para fotinhos. Dentro vocês verão vários ambientes, como a fofa cozinha e quartinhos!
a Casona fica no ponto mais alto do terreno e a vista é essa!

La Casona

Marcia e Beth na sala de jantar da Casona

Para mim, que AMO o estilo Cottage, essa visita foi inesquecível


Vintage original, pena que não vendem, rsrs
Casa del Herrero
Onde eram feitas as máquinas dos trabalhadores. Adorei.


A cereja do bolo é que na saída há um senhorzinho se fazendo de ferreiro. Ele vende ferraduras com nossos nomes gravados e parece que tal souvenir pode nos trazer sorte.
Campanario
O campanário permitia que em épocas de chuva fizesse-se a moenda com os cavalos. Achei meio sem graça, mas aí vocês verão as máquinas de trabalho dos colonos e uma carruagem.


Molino
Nela encontramos, em baixo, uma exposição dos objetos utilizados pelos colonos alemães. Já em cima, há uma bela exposição fotográfica da época. O moinho era utilizado pelos colonos para fazer farinha de trigo, base da culinária alemã. Gostei!


O espaço do Museu é enorme, e dentro dele você anda bastante, mas como a vista é linda e o espaço todo florido, apesar disso a visita é deliciosa. Passe pelo menos 1h aí.
Para entrar no clima, faça uma visita virtual ao museu

Onde comer: dizem (não comi aí) que o melhor restaurante é o Oveja Negra, no Hotel Salzburg. Para Parrillas, o Andes (Av. Philippi 1057) ou Don Carlos (Av. Philippi esquina com Balmaceda). Kuchen eu comi no restaurante-casa de chá do Hotel Kaffe Bauernhaus (Av. Philippi 663), muito fofo com cortinas românticas branquinhas e flores nas janelas. Está super indicado, ótimo serviço.

Sobre o kuchen (= cuca): não sou nenhuma sweet freak, ao contrário minha perdição são os salgados, mas gostei desta torta. Ela não é muito doce, geladinha, com algo tipo um creme durinho muito saboroso. Não percam! Veja a receita aqui.

Desculpem-me pela qualidade (e escassez) das fotos, 2007 era assim: 1) a qualidade das máquinas digitais era ruim; 2) não tínhamos o hábito de fazer de cada mergulho um flash, ou melhor, vários flashes como hoje.  
E vocês, conhecem esse tesouro de cidade? Se sim deixem um comentário, se não, e tiver dúvidas, também.
Bjks latino americanas com gostinho de Alemanha!!

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