A Série Lugares Secretos que Indico visita o Museo Etnografico Tiranese, em Tirano



Hoje, vai um segredinho do bons... o MET.

Fundado em 1973, graças ao "Centro Iniziativa Giovanile (C.I.G.)", o Museo Etnografico Tiranese (MET) é um museu em Tirano, uma cidade no vale de Valtellina na região da Lombardia (província de Sondrio). A amostra tem como objetivo documentar a vida camponesa e a cultura dessa região montanhosa. Desde o final do ano de 2017, ele saiu das mãos do C.I.G. e passou a ser dirigido pelo município de Tirano.

A coleção do Museo Etnografico Tiranese está localizada, desde 1990, na Casa del Penitenzière (Palácio dos Penitentes), um palácio do século XVIII que fica perto da Basílica Madonna di Tirano.

Ela não se localiza neste palácio à toa. A Piazza della Basilica, desde 1514, sediava anualmente uma feira comercial bastante importante durante o reinado das Três Ligas em Valtellina. Além disso, lembrem-se da pintura de Antonio Caimi que esboça como era um dia típico de comércio neste local em meados do século XIX.


O museu conta com mais de 14.000 objetos, dos quais uma grande parte está exposta nas suas salas. As salas, por sua vez, ocupam três andares e a adega, mostrando um corte transversal do histórico do ambiente de trabalho e da vida rural em Valtellina.



No térreo, visite a sala "Portone" que é dominada por uma porta entalhada proveniente do Grosio. À sua direita, há uma grande torrefadora de café, enquanto à esquerda pode se ver o carrinho de mão do moedor de facas itinerante, típico do Val Malenco.


Pendurado no teto, com a inclinação exigida pela sua função original, vê-se uma calha de sarjeta de ferro, em forma de um dragão.





A seguir, vá conhecer o jardim.





A primeira sala à esquerda é decorada com vitrines onde vários objetos estão expostos. Pequenas exposições de ocasião, ou tema, também são realizadas ali, para estimular pesquisas e estudos aprofundados.











As ferramentas das oficinas de carruagem, as dos ferreiro e do carpinteiro, e as ferramentas do encanador itinerante (magnan).



Dignas de nota são as séries de chaves exibidas no painel, feitas à mão pelo próprio artesão, que vêm das oficinas Marcali, Angelo Venini de Sondrio e Pietro Bertini de Castione (Contrada Gatti).





No primeiro andar, a produção de têxteis tradicionais, principalmente com base em fibras naturais, como linho e cânhamo, é exibida. Há desde um tear manual tradicional até mesmo instrumentos de produção de fibras de lã, como bobinas, fusos e máquinas de cardagem.






Uma outra sala no primeiro andar é dedicada ao Santuário de Madonna di Tirano, o elemento religioso dominante da cidade desde o início do século XVI. Seus destaques são as vestes doadas à basílica, em 1636, pelo cardeal Richelieu. Doação essa que objetivou fortalecer os seguidores da festa francesa na Valtellina durante os conflitos do Bündner Wirren, parte da Guerra dos Trinta Anos.










No segundo andar do museu, podemos conhecer um "stüa", um tipo característico de cômodo da cordilheira alpina.



Outra sala dá lugar à reconstrução das características básicas de uma cozinha local.



A seção principal neste andar é o show-room com ferramentas do uso diário da atividade camponesa. Os itens são agrupados em diferentes tópicos, como: a queijaria, o abate, o trabalho florestal e o trabalho nas vinhas em socalcos da Valtellina.












A adega abriga em particular dois lagares históricos feitos de madeira. O grande era típico após o período de uso da prensa com alavanca grande e antes do uso da prensa de parafuso de ferro mais estável e mais compacta. O pequeno foi usado para espremer as uvas para o Sforzato ("sfurzat"), um vinho tradicionalmente produzido na Valtellina.






Há, ainda, uma área dedicada a personalidades locais proeminentes na história.








  

Endereço: Via Salis, 3.

Horário de funcionamento: abril, aos sábados das 15:30 às 17:30h/maio, sábados e domingos das 15:30 às 17:30h/junho, julho e setembro, de terça a domingo das 10 às 12h e das 14 às 17h/agosto, de terça a sexta das 10 às 12h e das 14 às 17h; sábados e domingos, das 10 às 13: 30h e das 14 às 17h/outubro, novembro e dezembro, sábados e domingos das 15:30 às 17:30h.

Entrada: 2€.

Em resumo: sou suspeita para falar porque adoro museus etnográficos, mas pode ir por mim, vale bastante à pena.

Bom domingo!

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