Imperdível em Rüdesheim: o Gabinete de Música Mecânica de Siegfried
No Vale do Reno, Rüdesheim é uma pequena cidade que parece ter se materializado desde um livro de contos de fadas. E, nesta cidade uma visita imprescindível é o lúdico Gabinete de Música Mecânica de Siegfried localizado na Brömserhof,
O castelo barroco e renascentista,
Na entrada do Gabinete, não deixe de ver um carrilhão de porcelana Meissen que toca a cada meia hora.
A Brömserhof per si já mereceria a visita. Uma típica casa de nobres do século XV que por volta de 1500 passou por uma reforma, quando paredes e tetos foram decoradas com com cenas bíblicas e brasões, bem ao gosto do final da Renascença.
No seu interior, pode-se ver, e ouvir, uma das maiores, e mais importantes, coleções particulares de instrumentos musicais mecânicos da Europa.
O museu foi uma ideia de Siegfried Wendel e sua mulher Gretel. Na década de 60, o casal passou a lua-de-mel em Los Angeles, e Gretel se apaixonou por uma enorme máquina de música. A comprou, mas o problema foi que na Alemanha não havia quem restaurasse a caixa do século XIX. Assim, seu marido aprendeu a restaurá-la e, então, "tomou gosto por essa brincadeira". Aos poucos, o casal foi aumentando a sua coleção. A maioria destas caixas veio dos EUA, sobretudo de Chicago.
Além da beleza estética, o som destas caixas é maravilhoso, mas curioso é que tiveram vida curta "em circuito". Pois, tão logo foram lançadas se tornaram obsoletas, já que os toca-discos surgiram à seguir.
À principio, Wendel não sabia onde colocar a sua coleção e fazia diversas exposições por toda a Alemanha. Em Outubro de 1969, os instrumentos foram alojados em uma casa em Hochheim am Rhein. Todavia, o aumento do número de visitantes e o crescimento gradual da coleção levaram à necessidade de instalações maiores, de modo que o museu teve que se mudar novamente depois de apenas dois anos. Desta vez, encontrou um lar permanente em Brömserhof.
Hoje, a exposição, que lida com a história dos instrumentos musicais self-playing, conta com cerca de 350 peças de três séculos, com caixas de música, gramofones e órgãos de feira.
O destaque do museu: uma caixa chamada ‘Phonoliszt Violina’, que combina o som de piano com seis violinos, e é descrita como a oitava maravilha do mundo.
Sabe o que achei curioso? Foi que os instrumentos de música mecânica fizeram muito sucesso no pós guerra já que bares e restaurantes não tinham como grana para contratar orquestras.
As visitas são sempre guiadas e duram cerca de 45 minutos.
A entrada custa 7.50 euros, e o museu abre das dez da manhã às quatro da tarde, todos os dias da semana.
Imperdível para quem passeia pelo Vale do Reno!
Abração!!!

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