#MuseumWeek 2019: visitando o Frammuseet, em Oslo


De volta a Oslo...



Inaugurado em 20 de maio de 1936, com a presença de Sua Majestade o Rei Haakon VII e Sua Alteza Real o Príncipe Olav, o Museu do Fram (Frammuseet) foi construído em torno do lendário navio polar Fram (de 1892) e conta a rica historia das explorações polares norueguesas.




Ademais, em 2009, o Museu Marítimo da Noruega e o Museu Fram assinaram um acordo para que esse assumisse a exposição do navio Gjøa. Assim, o museu ganhou um novo edifício ele dedicado.



O grande barato do museu é que os dois navios estão super bem preservados e os visitantes podem embarcar neles.



No Frammuseet, há ainda uma rica homenagem a três grandes exploradores polares noruegueses: Fridtjof Nansen, Otto Sverdrup e Roald Amundsen. As exposições fotográficas ilustram a aventura, o perigo, a privação e a bravura desses pioneiros.





Além disso, estão expostos os equipamentos transportados, as pesquisas científicas e médicas realizadas e os animais que acompanharam as expedições.

Comece a explorar o museu assistindo ao filme de 12 minutos (a cada 15) sobre as aventuras de Fridtjof Nansen e sua pequena equipe de cinco pessoas. Eles foram os primeiros a cruzar o interior da Groenlândia (1888-1889) onde passaram inverno prestando grande atenção aos detalhes da caça, da pesca e da vida dos habitantes locais. Em 1889, retornaram à Noruega como heróis nacionais.




No filme, se aprende, também, sobre a expedição da equipe de Sverdrup à Groenlândia, quando se descobriu mais de 200 000 quilômetros quadrados de terra não cartografada. Assim como, sobre a aventura de Amundsen e equipe ao Pólo Sul, a descoberta da passagem do noroeste e a tentativa de se alcançar o Pólo norte. Achei muito interessante a tentativa de esquiar até ao Pólo Norte, assim como o acidente ocorrido com o dirigível "Itália", que partiu de Svalbard em 1928.



Após ser introduzido à historia das aventuras polares, passeie pelo museu para apreciar as exposições fotográficas, que ilustram perfeitamente todas as histórias, como:



Em 1893-6, Nansen retornou ao Ártico com a intenção de descobrir se era possível alcançar o Pólo Norte usando a deriva natural do gelo polar. Embora o Pólo Norte não tenha sido alcançado, ele provou que sua teoria estava correta. O navio alcançou o norte até 84º 4'N e Nansen fez um "traço para o Pólo" por terra atingindo 86º 13,6'N, quase três graus além da marca anterior do “Norte Mais Distante”. Um sucesso!



Roald Amundsen recebeu autorização para realizar, com o Fram, uma nova expedição ao Ártico. No entanto, ele havia mantido em segredo suas verdadeiras intenções. Assim, quando partiu, para a surpresa dos seus beneficiários, ele navegou para o sul em direção à Antártica, em vez de seguir para o norte, em direção ao Ártico. Essa expedição ao Pólo Sul (de 1910-12) foi um super sucesso, já que eles o alcançaram um mês antes da chegada do grupo de Robert Falcon Scott, em 14 de dezembro de 1911.

O Fram, que em inglês significa "para a frente", foi comissionado, projetado e construído pelo armador escocês-norueguês Colin Archer segundo especificações fornecidas por Nansen, que financiou a construção do navio com uma combinação de verbas concedidas pelo governo norueguês e financiamento privado. Explore-o...



























Continuamente, no prédio do Fram rola um filme de 270 graus sobre a experiencia polar



apresenta um casco arredondado projetado de modo a escorregar
para fora das garras do gelo
projetado para suportar as pressões esmagadoras do gelo do Ártico, ele foi construído a partir das madeiras de carvalho mais resistentes

Depois siga para o edifício Gjøa que está ligado ao Fram por um túnel subterrâneo, onde 400 anos de história são narrados. Ali está o Gjøa, primeiro navio a navegar por toda a Passagem do Noroeste.





Entre 1903-6, a expedição de Roald Amundsen (com uma tripulação de seis pessoas), no Gjøa, atravessou a Passagem do Noroeste. Antes de a liberarem, eles passaram dois invernos no Ártico canadense que foi quando aprenderam a condução de cães (uso de trenós), a construção de iglus, o uso de roupas e das técnicas de sobrevivência polar dos Inuit. Toda essa experiência foi muito útil na posterior expedição ao Pólo Sul.



























Explore o Gjøa,que em 2017 passou por extensas restaurações e agora está aberto ao público.

























Há ainda no Fram novas exposições históricas sobre as expedições de Maud, dos aviões N24 e N25, bem como do dirigível Norge, a lendária expedição de John Franklin e as de Henry Larsen e Eivind Astrup.







Antes de partir, curta o Trapped in Ice, um simulador de uma expedição polar, e, se estiver com crianças, não perca o iglu.









Há, ainda no museu um café e uma lojinha. Alem, de wi-fi grátis em todo o prédio.





Dados práticos:



Endereço: Bygdøynesveien 39, em Bygdøy. Ele fica em frente ao Museu Kon-Tiki e ao lado do Museu Marítimo da Noruega. Veja como chegar no post anterior.

Horário de funcionamento: diariamente, das 10 às 18 horas. Reserve ao menos três horas para explorar o museu com calma.

Entrada: 120 NOK.

Ainda na vibe dos barcos, no próximo post veremos o museu historicamente mais interessante de Bygdøy.

Abraços!

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