A Série Lugares Secretos que Indico visita a Stadshuset, em Estocolmo


Bom dia, pessoal!! Hoje, vamos visitar a Stadshuset, a Casa da Cidade de Estocolmo, que hospeda o seu Conselho Municipal. Em outras palavras, é a prefeitura e uma espécie de Câmara Municipal de Estocolmo.

Tendo como inspiração os palácios renascentistas italianos, a Stadshuset foi construída entre 1911 e 23. O belíssimo prédio que fica na Ilha de Kungsholmen, perto da costa Norte da baía de Riddarfjärden, é todo em tijolinhos aparentes (mais de 8 milhões) feitos a mão. Lindo!!








As entradas para visita não podem ser agendadas previamente na internet, então o ideal é fazer o primeiro tour do dia. A ideia é chegar ao local cerca de 30 minutos antes do seu inicio, comprar os bilhetes e ficar vagando no local... Curtindo a arquitetura ímpar. Na parte de trás há um belo jardim para se explorar...










Dele se tem lindas vistas das ilhas de Riddarholmen e Södermalm!














A visita, sempre guiada, dura cerca de 50 minutos. Nela conhecemos detalhes da construção do edifício e passeamos pelos diversos salões, cada um com um estilo próprio. Também, descobrimos a função de cada um deles e, ainda, o que inspirou a sua arquitetura/decoração.






A visita

O tour começa em uma sala onde podemos deixar nossos casacos e bolsas/mochilas. A seguir, adentramos o grandioso Salão Azul... Que não é azul, e sim vermelho. Mas... Como? Conta-se que a ideia original do arquiteto responsável, Ragnar Östberg, era que ele fosse azul. Todavia, ele gostou tanto do visual avermelhado dos tijolinhos expostos que resolveu deixá-lo dessa maneira. Que bom, ficou belíssimo! Só que o nome já tinha “pegado” entre os moradores da cidade... Fazer o quê? Ficou assim...



O salão tem um teto retrátil, mas com frio que faz em Estocolmo, me pergunto se ele chega a ser aberto...



Nesse salão, todo dia 10 de dezembro ocorre o banquete comemorativo do Prêmio Nobel, que é entregue na cidade. Exceto, o Nobel da Paz, cuja premiação se dá em Oslo.

No dia do banquete são colocadas grandes mesas redondas no salão. A festa fica cheia, muito cheia... Durante o tour, a guia nos mostra fotografias da comemoração.





Uma curiosidade: conta-se que Ragnar Östberg pediu que sua então esposa, Elsa, subisse e descesse vários modelos de escadaria. Ela o fazia de vestido longo e salto alto. A ideia era escolher um modelo de escada que apresentasse o menor risco de queda para as mulheres que frequentariam o salão nos dias de festa. E, assim foi feito...





No Salão Azul, há, também, um órgão de tubos, construído em 1925, que é o maior instrumento do tipo no norte da Europa.





Sala do conselho

A próxima sala é a do conselho, onde toda terceira segunda-feira de cada mês se reúnem os 101 representantes da cidade. Nele merece destaque o teto inspirado na era viking. Na verdade, ele tem um fundo azul como se o teto estivesse aberto para o céu. Todo esse simbolismo tem por fim lembrar aos políticos que as decisões tomadas nesta casa afetam a vida de quem vive lá fora. Bem, acho que deveríamos adotar esse estilo arquitetônico em Brasília... Vai que funcione?!?




A platéia com livre acesso a população.




Passamos, então, pela Abóboda dos Cem que fica na parte inferior da torre e cujo teto é formado por 100 segmentos diferentes.




No Salão Oval estão expostas tapeçarias, do século XVII, originais de Beauvais.





Galeria do Príncipe

Ela tem esse nome em homenagem ao príncipe Eugênio, irmão do rei Gustavo V. E, é onde aos domingos se realizam os casamentos civis. Um detalhe: para se casar nela não é necessário ser sueco e nem tão pouco heterossexual, ademais como a cerimonia é coletiva, paga-se pouco.

O interessante na galeria é que as pinturas nela presentes espelham as vistas desde as janelas imediatamente em frente. O príncipe assim desejou para que quando fossem realizados banquetes nessa sala, as pessoas sentadas de costas para a janela, pudessem ter a mesma visão que as sentadas de frente. Sensacional, não?!?











Salão Dourado

A visita acaba no Salão Dourado, onde o baile de gala pós-entrega do Prêmio Nobel tem lugar, anualmente. Ele não tem esse nome sem motivos, o salão é simplesmente deslumbrante com seus mosaicos todinhos de ouro! Mosaicos esses que nos contam a história da Suécia desde o século IX até os anos 20 do século XX.



Um detalhe curioso: há um santo sem cabeça no salão! Reparem na foto abaixo...


A cabeça do santo ficou um pouco acima do teto!?! Isso ocorreu porque, para economizar, os suecos compraram todo esse ouro da Alemanha em uma época que a moeda desta estava desvalorizada. Por medo da recuperação da economia alemã, a obra foi realizada às pressas, e como a pressa é inimiga da perfeição...
















A "mãe Estocolmo" abraçando o mundo.


América e Europa.



Ásia e África.




E, assim o tour tem fim...

Durante o verão, é possível subir na Torre da Câmara Municipal (106 metros de altura). Felizmente, uma boa parte da subida é por elevador e há um pequeno trecho final que só pode ser feito por uma escada estreita. Seu ingresso não está incluído no valor da visitação à Stadshuset em si, e também não pode ser comprado online. Ele só pode ser adquirido na própria torre, e custa 50 SEK. A torre abre às 9:10h e pode-se subir a cada 40 minutos.

Endereço: Hantverkargatan 1, a cerca de 20 minutos caminhando desde Gamla Stan. Nesse endereço, há duas entradas diferentes. No verão, atravesse o Pátio Cívico até a colunata, onde verá uma escada, do seu lado direito, que leva à entrada/“bilheteria”. No inverno, a entrada se dá pela loja da prefeitura que encontra-se entre a rua Hantverkargatan e o seu pátio.




Até Junho de 2020, os tours em inglês ocorrerão diariamente às 10/ 11/12/13/14 e 15h. No verão, há também tours em espanhol e francês. Chequem no site.

Entrada: 90 SEK. No verão (Abril-Outubro), 120 SEK.

Aproveitem a dica. Abraços!

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